Mais do que uma publicação sobre um joalheiro, este livro oferece um "texto fluido como um embalo de rede, numa cadência costurada pelo caldeirão de histórias simples e refinadas que Antonio Rabelo aqui apresenta com o seu talento e protagonismo, igualmente local e universal". Antonio Rabelo descontrói a pompa do que parece ser um joalheiro. Ele escancara o que o é de fato: um oficineiro que improvisa e e cria. Com concepções próprias sobre o que é trabalho, algo que define como um processo de constante descoberta, "do sertão que me rodeia e de mim mesmo". A ligação visceral que ele tem com a comunidade e com os materiais que a natureza local oferece corroboram suas afirmações. Além da ferocidade traiçoeira dos espinhos, que domou e transformou em joias, pedras locais e a paisagem alimentam seu imaginário de criador. Ele também pensa coletivamente e, generosamente, posiciona-se como educador, elaborando maneiras de devolver à comunidade e à natureza o que ambas lhe deram e dão.
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